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A primeira dificuldade enfrentada por mulheres mastectomizadas, de acordo com a psicóloga clínica Greyce Guimarães, é a autoaceitação. "É preciso lidar com essa nova realidade, focar nas outras partes do corpo e não perder as sensações de erotismo e maternidade", orienta a profissional. Apesar dos enfrentamentos com o próprio corpo, o câncer pode despertar novos olhares sobre trabalho e família.
A relação com o parceiro também é foco de análise por parte da especialista. "Também é muito doloroso para eles receberem a notícia, a apreensão de ter de cuidar dos filhos e ainda viverem com o medo de perder a pessoa com quem construíram uma família", detalhou. Infelizmente, de acordo com Greyce, em alguns casos o machismo impera e as mulheres mastectomizadas podem ser vistas como "defeituosas". "Isso é em caso de homens bem menos esclarecidos. O casal estando junto desde o início, a aceitação é bem mais fácil", acrescentou.
Efeitos emocionais e sua interferência na imunidade do indivíduo estão sendo estudados como fatores para crescimento desordenado de células. "A psiconeuroendocrinologia, ainda em pesquisa, levanta questões sobre a quantidade de hormônios e a influência de alimentos em alguns tipos de câncer. Isso poderá trabalhar a prevenção por fatores extra-genéticos, já que esses são responsáveis por apenas 5% a 10% dos casos", declarou Greyce.
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