Aos 25 anos, o jovem Deidson Daniel Silva já tomava 3 remédios todos os dias para controlar a pressão alta. Na época com 122 kg, o mineiro de Alvinópolis tinha uma alimentação bastante desregulada e não praticava nenhum tipo de atividade física. “Achava que os medicamentos seriam suficientes para controlar minha pressão, mas não era bem assim”, lembra.
A necessidade de tomar remédio veio após uma crise de hipertensão que Deidson teve aos 18 anos, reflexo de uma infância e adolescência “sem controle”, como ele mesmo define.
“Senti muita dor de cabeça e tontura, aí procurei um cardiologista que, além de me dar o remédio, disse que eu também precisava emagrecer”, lembra. Fora o problema com a pressão alta, o mineiro estava também com todos os exames alterados, mas nada disso pareceu assustá-lo – sem dar atenção ao médico, ele continuou com os maus hábitos de vida, apostando tudo no efeito do medicamento.
“Estava com 22 anos e tive outra crise. Voltei ao cardiologista, ele aumentou a dose do remédio e reforçou que eu precisava perder peso”, lembra. Porém, mais uma vez, Deidson ignorou a orientação e continuou só com o remédio até que, aos 25 anos, ele foi parar no hospital com a pressão em 18 por 12. “Tive que ficar internado. Esperei chegar ao topo, quase tendo um infarto, para procurar ajuda”, conta.
Convencido a mudar o estilo de vida, em março de 2013, com 122 kg, o mineiro procurou um endocrinologista especializado em cardiologia para ajudá-lo. O especialista, então, passou uma dieta de 1.400 calorias diárias e deu também um livro com os valores calóricos de cada alimento. “Montava meu cardápio de acordo com esses valores e sempre comia a cada 3 horas”, conta o jovem.
Refrigerantes, açúcares, bebidas alcoólicas e frituras saíram da alimentação de Deidson, que passou a comer mais salada, frutas e verduras. “Parecia que antes a quantidade me saciava, não a qualidade. Hoje eu até me libero a comer uma coisa ou outra de vez em quando, mas sempre em menor quantidade”, diz.
Paralelo à nova alimentação, ele começou a fazer caminhada e a pular corda. “Caminhava de segunda a sexta e todos os dias pulava 40 minutos de corda”, lembra. Nove meses depois, ele chegou aos 85 kg, 37 kg a menos, e já pensa na próxima etapa da sua jornada de atividade física. “Vou começar na academia para ganhar massa magra, definir melhor o meu corpo e eliminar um pouco a flacidez”, conta.
Depois da perda de peso, o jovem diz que o maior benefício foi suspender todos os remédios que tomava para a pressão. “Não mudei meus hábitos para ter um corpo sarado, mas sim para melhorar minha qualidade de vida”, afirma.
Atualmente, com todos os exames normalizados, ele comemora o resultado e todas as mudanças que teve em seu dia a dia. “Nunca imaginei que chegaria aonde cheguei. O médico dá as ferramentas e instruções, mas cabe a nós ter a consciência disso”, avalia.
Muito mais feliz e realizado, como ele mesmo se define, Deidson diz que não voltará a ganhar os 37 kg e diz que ainda quer perder mais 7 kg, mas para ganhar em músculos. “Para ter a vitória, a gente precisa mudar a história e foi o que eu fiz. Achava que era um gordinho feliz, mas hoje vejo que sou ainda mais”, conclui.
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