A circuncisão para a prevenção da Aids está rapidamente se tornando cada vez mais utilizada na África Oriental e Austral, de acordo com números recém-divulgados.
A Unaids, agência da ONU que combate a doença, disse que cerca de 3,2 milhões de homens africanos tinham sido circuncidados voluntariamente desde 2007, quando foram divulgados estudos que mostram que o risco de infecções havia sido reduzido em 60%. O objetivo é circuncidar mais de 20 milhões de homens até 2015.
Muitas reportagens citaram mulheres que dizem acreditar que os homens circuncidados são mais "limpos" ou "mais seguros". As campanhas do Ministério da Saúde estimulam esse raciocínio: um cartaz de Uganda, por exemplo, mostra uma mulher atraente olhando para baixo em estado de choque, dizendo: "Quer dizer que você não é circuncidado?"
Os contribuintes norte-americanos pagaram cerca de dois milhões de procedimentos por meio do Plano de Emergência do Presidente para o Combate à Aids. Um relatório recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças examinou 1.600 locais em nove países africanos, onde 536 mil circuncisões foram feitas em 2012. Surgiram complicações em menos de 1% dos casos.
Todas essas circuncisões foram feitas cirurgicamente, embora Ruanda tenha anunciado na semana passada planos de realizar a circuncisão de 700 mil homens usando PrePex, um novo método rápido, sem efusão de sangue e sem anestesia no qual um elástico é utilizado.
Os esforços pela circuncisão também levaram milhões de homens a se submeterem a testes de HIV, oferecidos antes do procedimento.
Atualmente, a circuncisão é recomendada para homens heterossexuais não infectados em países onde mais de 1% da população tem HIV. Ela não protege os homossexuais que praticam sexo anal passivo, que se acredita ser o principal motivo das infecções nos Estados Unidos.
Alguns homens infectados que solicitaram o procedimento foram circuncidados, disse uma autoridade dos CDC. Embora isso não os impeça de transmitir o HIV, pode protegê-los contra outras doenças, incluindo o HPV, que pode causar câncer do colo do útero nas mulheres.
Texto de Donald G. Mcneil Jr.
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