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18/10/2015

Mitos e Verdades sobre a Fissura Anal


Doença pouco falada, principalmente por vergonha, a fissura anal atinge principalmente jovens e adultos de média idade. As estatísticas da doença são desconhecidas devido ao retardo na procura por ajuda e por receio sobre o exame médico.

“Trata-se de uma ferida na borda anal que aparece em decorrência de trauma local, seja por fezes ou corpo estranho”, explica o presidente da SBCP (Sociedade Brasileira de Coloproctologia), Fábio Guilherme Campos.

Leia a seguir alguns mitos e verdades sobre a doença:

Pessoas que sofrem de constipação intestinal têm mais risco de desenvolver a doença.

VERDADE. Isso ocorre devido ao traumatismo das fezes endurecidas no momento da evacuação. Outros fatores também podem provocar o problema, como diarreia e relação sexual por via anal.

“As fissuras agudas muitas vezes cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento. Em pessoas que têm algum fator de risco constante (tipo constipação), a fissura se torna crônica, com bordas mais elevadas e muito dolorosa. Esses casos geralmente requerem tratamento cirúrgico”, esclarece Campos.

A alimentação influencia no aparecimento das fissuras.

VERDADE. A ingestão insuficiente de fibras e líquidos resulta em prisão de ventre, que pode acarretar fissuras. “Temos que destacar também o papel de alimentos condimentados, como a pimenta, na piora dos sintomas, além das comidas como feijão, que formam muitos gases e fazem umidade na região anal, dificultando a higiene local e aumento o desconforto”, afirma.

Como a fissura cicatriza sozinha, não preciso procurar um médico.

MITO. A fissura pode provocar dor intensa e sangramento, influenciando na qualidade de vida do indivíduo. Na fase aguda, deve-se regularizar o funcionamento intestinal, adotando-se medidas de higiene com banhos de assento e evitando alimentos condimentados. “A fissura pode cicatrizar sozinha, mas se a dor e o sangramento persistirem, deve-se procurar o coloproctologista. Principalmente para obter orientação e o diagnóstico correto, pois outras doenças podem apresentar sintomas semelhantes, como hemorroidas e câncer do reto”.

Não é possível prevenir o problema.

MITO. Deve-se evitar os fatores desencadeantes, como constipação, diarreia ou traumatismo anal. Existem casos de fissura que se formam por doenças inflamatórias, como a Doença de Crohn que, diferentemente da fissura crônica idiopática, não provoca dor. “Essas fissuras vão e voltam, e apenas o tratamento voltado para a doença inflamatória pode controlar o seu desenvolvimento”, alerta o especialista.

A única alternativa para tratar a fissura é a cirurgia.

MITO. Existem pomadas e medidas higiênicas que ajudam no controle da dor e na cicatrização. As pomadas cicatrizantes promovem o relaxamento da musculatura esfincteriana, cuja contração involuntária está associada ao desenvolvimento da ferida.

“Elas conseguem cicatrizar cerca de metade dos casos, embora alguns deles recidivem. Nessa situação, está indicado o tratamento cirúrgico”, explica Campos. A cirurgia consiste na remoção da fissura e realização de uma esfincterotomia (pequeno corte no esfíncter anal interno, um dos músculos do canal anal). “Os pacientes com fissura crônica geralmente têm hipertonia (contração involuntária) esfincteriana. A secção parcial desse músculo diminui o problema e permite a cicatrização da ferida. Essa cirurgia é considerada de pequeno porte e, ao contrário das operações para tratamento das hemorroidas, não costumam provocar dor no pós-operatório. Como as pessoas que têm fissura sofrem com muita dor, o alívio dos sintomas após a operação traz muito conforto e alívio”, diz.

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