Desde a última semana, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde está priorizando a realização do teste de carga viral para gestantes e crianças devido à falta do produto. Por meio de uma nota técnica, o governo informou que a situação seria regularizada no início de agosto. Porém, nesta quarta-feira , dia 27, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o problema será resolvido até o final do próximo mês.
Segundo informações oficiais, a falta aconteceu porque empresas que participam da licitação de compra de materiais para o teste entraram com recursos, atrasando o processo. O Ministério não explicou o motivo desses recursos
Em recente entrevista à Agência de Notícias da Aids, ativistas afirmaram que a restrição do exame de carga viral evidencia a ‘rotina de problemas’ no combate à aids no Brasil.
“A cada 15 dias temos que enfrentar uma nova dificuldade na resposta contra a aids”, disse o presidente do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, Rodrigo Pinheiro. “No último ano parece que o combate da aids só piora”, acrescentou o ativista.
O especialista em saúde pública e coordenador do Grupo Pela VIDDA (Valorização, Integração e Dignidade do Doente de AIDS), de São Paulo, Mário Scheffer, disse que é “inadmissível”, com a experiência obtida pelo Governo brasileiro no enfrentamento da epidemia, que falte um insumo tão importante como a carga viral. “Não estamos falando de algo que começamos a comprar recentemente, mas de um tipo de exame que é essencial para o tratamento da aids e que é há muito tempo é feito no país”.
Usado para medir a quantidade de HIV no sangue, o exame de carga viral é um dos testes mais importantes para avaliar a resposta de um paciente ao tratamento da aids, assim como para auxiliar o médico se está na hora de iniciar a terapia antirretroviral em pacientes soropositivos.
fonte:Agência de Notícias da AIDS.
abçs,
Nenhum comentário:
Postar um comentário