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23/03/2012

Síndrome da Morte Súbita Infantil

O que é morte súbita?

A síndrome da morte súbita infantil, ou síndrome da morte súbita do lactente (também conhecida como "morte do berço" ou Sids, da sigla em inglês), não é uma doença específica. Trata-se de um diagnóstico que os especialistas dão quando um bebê aparentemente saudável morre sem explicação. Quando nem os médicos nem a autópsia conseguem explicar a causa da morte, ela é classificada como morte súbita.

A síndrome ainda é um mistério para os médicos. No Hemisfério Norte, ela parece ser mais comum que no Brasil, embora exista a possibilidade de aqui os casos não serem adequadamente registrados para fins estatísticos, já que o registro exige a realização de necropsia. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 2.500 bebês morrem por ano dentro das características da síndrome. A maioria das mortes acontece durante o sono, à noite, mas nos EUA 20 por cento dos casos ocorrem em creches, escolinhas e berçários, segundo um estudo publicado na revista Pediatrics.

Na década de 1990, campanhas para combater esse tipo de ocorrência passaram a orientar as mães a nunca colocar os bebês para dormir de bruços. Desde então, a incidência da morte súbita caiu em mais de 50 por cento.
Por que a morte súbita acontece?

Ninguém sabe explicar exatamente por que esses bebês morrem. Os especialistas acreditam que seja uma combinação de fatores. Alguns especulam que talvez essas crianças tenham um problema na parte do cérebro que controla a respiração e o despertar, e que por isso tenham mais dificuldade para reagir no caso de alguma coisa atrapalhar a respiração, como cobertas tampando o rosto.

Pesquisas continuam sendo feitas para tentar descobrir por que crianças aparentemente saudáveis morrem sem explicação.

Quando a morte súbita acontece?

A morte súbita acontece com mais frequência durante o sono, mas não necessariamente. Pode ser durante à noite, no berço, mas pode ser também numa soneca de dia, no carrinho ou até no colo dos pais. Além disso, a morte súbita é mais comum no clima frio, embora os especialistas não saibam bem por quê.

Há bebês que correm mais risco que outros?

A síndrome atinge especialmente bebês de 1 a 2 meses. Antes de 1 mês ela é mais rara, e o risco vai diminuindo conforme o bebê vai crescendo.

Há alguns outros fatores, além da idade, que parecem elevar o risco:
- ser menino: a incidência é ligeiramente maior em meninos (cerca de 60 por cento dos casos)
- ter nascido prematuro (antes de 37 semanas de gestação)
- ter nascido com baixo peso (menos de 2,5 kg)
- ser gêmeo, trigêmeo etc.
- casos de morte súbita na família
O que posso fazer para reduzir o risco? 
Infelizmente, não há muito que se possa fazer para evitar a morte súbita. Lembre-se de que ela é um fenômeno raro e que, com algumas medidas simples, dá para pelo menos reduzir o risco. As principais são: coloque o bebê para dormir sempre de barriga para cima e não o exponha à fumaça de cigarro.

Veja as medidas recomendadas por especialistas:

- Ponha o bebê para dormir de barriga para cima

Este é o ponto mais importante. Antigamente se recomendava que os bebês dormissem de lado, mas os cientistas mostraram que bebês saudáveis não correm o risco de engasgar se dormirem de barriga para cima.

Quando chegam mais ou menos aos 6 meses, os bebês começam a se virar sozinhos, e não dá mais para controlar a posição. Mas, a essa altura, o risco de morte súbita já caiu bastante, e você pode deixá-lo dormir na posição que ele escolher. Na hora de colocá-lo no berço, porém, continue acomodando-o de barriga para cima. Se isso a deixar mais tranquila, vire-o delicadamente se o "pegar" dormindo de bruços, mas não é preciso ficar vigiando seu filho a noite toda.

- Não abuse de cobertas

Cuidado com cobertores e mantas. É mais seguro não usá-los, pelo menos antes dos 6 meses. Se estiver frio e você achar realmente necessário, deixe-os abaixo da altura das axilas do bebê, bem firmes. Não tenha cobertores grandes soltos de modo que o bebê possa se enfiar embaixo deles durante a noite.

- Use um colchão firme

O colchão deve ser firme, com apenas um lençol por cima. Colchões e superfícies moles demais não são adequados para o bebê dormir.

- Pare de fumar durante a gravidez e não deixe que pessoas fumem perto do bebê

A morte súbita é mais comum em bebês cujas mães fumavam ou em crianças que foram expostas ao cigarro, seja durante a gravidez ou depois. Um estudo chegou a prever que até 40 por cento dos casos de morte súbita poderiam ser evitados se as mães não fumassem durante a gravidez.

O bebê será exposto à fumaça mesmo que uma pessoa fume em outro ambiente da casa, com as janelas abertas. Peça às visitas que não fumem na sua casa, e não leve o bebê a lugares onde haja muita fumaça de cigarro.

- Não agasalhe demais o bebê

Estudos ligaram o excesso de agasalhos e o superaquecimento do bebê à morte súbita. Coloque a mão na barriga do bebê ou no pescoço dele para ver se ele está quentinho o suficiente. Se ele estiver muito quente, suando ou com brotoejas, tire uma camada de roupa. Não se guie pelas mãos ou pelos pés dele -- é normal que as extremidades dos bebês sejam mais frias que o resto do corpo.

- Use cobertores leves e evite almofadas, edredons e mantas volumosas.

- Leve seu filho com frequência ao pediatra

Mantenha as vacinas em dia e procure orientação médica se seu bebê estiver doente. A amamentação comprovadamente reduz o número de infecções em bebê, e pode contribuir para diminuir o risco de morte súbita.

- O que faço quanto às sonecas durante o dia?

Pesquisas recentes indicam que as orientações de segurança devem ser seguidas também durante as sonecas, em especial a sobre dormir de barriga para cima e de limitar a roupa de cama. Durante os primeiros seis meses do bebê, vale a pena ficar por perto durante as sonecas, dando uma espiadinha de vez em quando, afirmam os especialistas.

Ouvi dizer que existe um monitor que avisa se o bebê pára de respirar. Eles adiantam?

Não há nenhuma prova científica de que esses aparelhos realmente evitem a morte súbita. São monitores eletrônicos que disparam um alarme se o bebê pára de respirar. Não se sabe até que ponto é possível reanimar um bebê no caso de morte súbita. Esse tipo de aparelho, no entanto, pode ser recomendado pelo pediatra se a criança já tiver passado por algum incidente com a respiração.

É seguro levar o bebê para a minha cama?

Dormir na mesma cama com o bebê pode ser mais arriscado principalmente se você e seu parceiro forem fumantes, tiverem o sono pesado demais ou estiverem tomando algum medicamento para dormir. O risco é maior até os 3 meses, e se o bebê for prematuro ou tiver nascido com menos de 2,5 kg.

Como fazer para não ficar apavorada, com medo de que algo aconteça ao meu bebê?

Converse com o pediatra para tirar todas as suas dúvidas e siga as medidas de segurança recomendadas por ele. O risco existe, mas é muito pequeno, e é apenas mais um dos riscos a que seu filho estará sujeito ao longo da vida. Temer que algo aconteça com o filho é parte inerente da maternidade.

Mas, se o medo estiver grande demais, atrapalhando sua vida, vale a pena procurar alguma outra ajuda médica, seja do seu ginecologista ou de outro especialista. Às vezes, o medo excessivo pode ser sinal de depressão.

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