Criança que teve dedo decepado está traumatizada, afirma pai
São Paulo/SP – A criança de um ano que teve a ponta do dedo cortada por engano (?), no Hospital do Mandaqui, em São Paulo, está traumatizada após o episódio. A declaração é do pai da criança, David Jefferson Bahia Principe.
“Ela começa a passar mal quando vê uma pessoa diferente. Não pode ver ninguém vestido de branco que já começa a chorar. Quem é que vai cuidar disso?”, disse o pai.
Davi afirmou ter ficado tão atordoado, no momento do acidente, que só pensou em socorrer a filha. “Procurei saber o que estava acontecido com a minha filha, porque tinha muito sangue”. Ao descobrir a razão, ele tentou localizar a enfermeira que cortou o dedo da menina, mas a mulher foi isolada por seguranças e saiu do local sob escolta policial. “Só a vi na delegacia”.
fonte: RN
ATENÇÃO:
Vejam que o título da reportagem diz: ENFERMEIRA e não AUXILIAR DE ENFERMAGEM. Isto acontece porque Enfermagem é a única profissão que apresenta vários patamares.
Há algum tempo havia:
- atendentes de enfermagem- auxiliares de enfermagem- ENFERMEIROS.
Depois o COFEN aboliu os atendentes (eu duvido muito que haja abolido todos), e ao mesmo tempo introduziram os Técnicos de Enfermagem.
Eu penso que teria sido bem melhor se tivesse abolido todos: atendentes, auxiliares e técnicos, o governo federal abriria Faculdades para absorverem estes profissionais no sentido de complementarem a carga horária das disciplinas cursadas e correlatas ao Enfermeiro NU concomitante cursariam aquelas não cursadas e todos sairiam ENFERMEIROS, acabando com esta palhaçada de uma profissão com auxiliares e técnicos.
Quem sabe de alguma outra profissão que seja assim ?!
Talvez as coisas melhorassem, os profissionais zelariam mais pelo seu desempenho e cada um responderia pelo que fez sem cair a culpa nos ombros do outro.
Mas o que é que está acontecendo?
Escolas e mais escolas de técnicos e, ainda auxiliares, estão se proliferando pelo país, jogando no mercado de trabalho profisssionais desqualificados.
Claro que não são todos, mas é a grande maioria.
Tive a oportunidade de ser convidada, certa vez, para ensinar numa destas escola onde a diretora me apresentou um programa de emergência, muito extenso, para ser abordado em uma semana.
Eu, que não nasci ontem, entendi de imediato o que ela desejava com tal proposta:
- fazer de conta que os alunos viram todo aquele conteúdo, pois não daria tempo para uma abordagem bem feita, e pagar-me pouco pois eu receberia por hora aula.
O que fiz?
Preocupada com a qualidade cada vez pior dos profissionais auxiliares e técnicos, propus-lhe que me pagasse o que ela pagaria em uma semana e me deixasse à vontade para abordar no tempo em que eu visse ser necessário.
Ela concordou, eu preparei os alunos, que me agradeceram muito e fiquei com a minha consciência tranquila por ter feito o que tinha de ser feito.
Nós, Enfermeiros NU, não devemos e nem podemos nos vender a estes diretores que, de maneira irresponsável, pensam apenas no lucro imediato.
E se eu tivesse aceito, o que aconteceria?
Com certeza não daria tempo para abordar o assunto de modo eficaz e eficiente, os alunos sairiam despreparadíssimos, ganharia o mesmo que ganhei em muito mais tempo e retornaria para a outra turma pois já havia sido convidada.
O que aconteceu?
Os alunos sairam bem mais preparados, como não sou mercenária nem ambiciosa, ganhei o que foi acertado e não voltei para a outra turma nem outra mais, até porque se eu continuasse a ensinar nestas escolas eu estaria indo de encontro ao que eu sempre defendi que é acabar com tantos níveis dentro da nossa profissão.
Com isto, não estou desmerecendo nem os auxiliares nem os técnicos, muito pelo contrário, estou mostrando que eles têm a mesma capacidade que nós temos, para serem Enfermeiros NU, mas muitas vezes lhes faltam oportunidades por não terem condições financeiras, por serem arrimo de família e terem pressa em trabalhar e muitos ouros motivos .
Reflitam na abordagem, com responsablidade!
abçs,
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