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27/01/2012

Cai número de casos de hanseníase, mas Brasil ainda é o 2º no mundo

Em 2011, país registrou 30.298 novos casos da doença, segundo governo.Número representa queda de 15% em relação ao ano retrasado.

O Brasil registrou no ano passado 30.298 novos casos de hanseníase, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. O número representa queda de 15% no registro da doença em todo o país entre 2010 e 2011. Em 2010, foram 34.894 novos casos (18,22 por 100 mil habitantes), sendo 2.461 na população menor de 15 anos. 

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país que mais registra novos casos por ano no mundo, atrás apenas da Índia, que tem aproximadamente 150 mil novos casos ao ano.

A divulgação antecede o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, celebrado no próximo domingo (29). Do total de 30.298 casos, 2.192 foram registrados em menores de 15 anos (4,77 por 100 mil habitantes). O número representa 15,88 novos casos da doença por 100 mil habitantes. 
Segundo o secretário, é importante analisar a incidência da doença na população menor de 15 anos porque é alta a possibilidade de haver um adulto não diagnosticado em contato com essa criança.

“Se tem uma criança com hanseníase com certeza tem um adulto ali que não foi diagnosticado. Se o índice na população menor de 15 anos é alto, é sinal de que há muitos casos em adultos que não estão sendo tratados”, explicou.

As regiões Norte, Certo-Oeste e Nordeste são as que apresentam maior índice de novos casos, onde a incidência é considerada média. No Sul e Sudeste, a taxa é tida como baixa. 
Metas

A meta do governo – prevista no Plano de Eliminação da Hanseníase - é que haja menos de um caso da doença para cada grupo de 10 mil habitantes até 2015. De acordo com o secretário, o ministério identificou 252 municípios prioritários de combate à hanseníase. Nesses locais, as secretarias municipais de saúde trabalham com a busca ativa, o que aumenta o diagnósticos de novos casos e facilita o tratamento.

“A intenção da busca ativa é não esperar que a pessoa sinta alguma coisa e venha na unidade de saúde, mas buscar identificar precocemente qualquer mancha que tenha aquela sensação de dormência, que é o sintoma básico”, disse.

Outra estratégia prevista no plano é a vigilância de contatos. Jarbas Barbosa afirmou que, para cada caso da doença, outra cinco pessoas com quem o portador tem contato devem ser examinadas. “A gente vai casa da pessoa, examina a família e vê se há outros casos. Isso é bom para a pessoa, porque detecta precocemente e evita que ela possa ter uma forma avançada grave, e a gente vai interrompendo a cadeia de transmissão”, disse.

Repasses

Do total de municípios identificados pelo Ministério da Saúde como prioritários para o tratamento da hanseníase, 245 receberão R$ 16,515 milhões no próximo mês. Essas cidades representam 34,9% da população total do país e 53% dos novos casos. O repasse está previsto no programa de erradicação da extrema pobreza, Brasil sem Miséria.
De acordo com o secretário, na metade do ano esses municípios deverão receber montante ainda maior para tratamento, acompanhamento de portadores, prevenção, reabilitação e vigilância e busca ativa de novos casos.

Tratamento

O ministério esclarece que todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. Atualmente, em todo país há 23.660 pessoas em tratamento, que é oferecido gratuitamente pelo SUS e pode durar 6 meses ou 1 ano.

Feito a base de comprimidos orais, o tratamento também abrange exercícios e orientação da equipe de saúde. De acordo com Jarbas Barbosa, “quase que imediatamente depois que a pessoa começa a se tratar, ela já para de transmitir”.

“Seja para aquela pessoa, seja para impedir que outras pessoas contraiam a hanseníase, é importante detectar a doença o mais rapidamente possível”, esclareceu o secretário. A taxa de cura é de 80%, segundo o ministério, número que poderia ser maior não fosse o abandono do tratamento.

“Uma das metas é também atingir um percentual elevado de cura (90%), porque as pessoas às vezes melhoram e param de fazer o tratamento”, disse.
fonte: G1 
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