Cuidar da saúde com amor e alegria!

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06/10/2015

Programação lembra o Outubro Rosa no Hospital do Câncer


O serviço de Mastologia Oncológica do Hospital de Câncer de Pernambuco, referência no tratamento e diagnóstico de câncer em todo o Nordeste, iniciou na quinta-feira uma série de atividades ligadas ao Outubro Rosa. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a importância da prevenção ao câncer mais comum entre as mulheres. Por mês, o HCP realiza cerca de 1.000 mamografias, 100 cirurgias, 2.000 quimioterapias e 320 exames de diagnósticos. O serviço trata mais de 60% dos casos de câncer de mama do Estado.

No primeiro dia do mês, centenas de balões cor de rosa, atividades nos semáforos, a visita dos Doutores da Felicidade e a apresentação de uma banda marcial. Pelos corredores da unidade de saúde, uma voluntária circula exibindo seios feitos à base de travesseiros, para exemplificaram na prática, como realizar o auto exame.

O serviço de Mastologia Oncótica do HCP funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Para realizar a mamografia no HCP, é necessário realizar agendamento presencialmente, portando RG, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência e telefone de contato. A cada dia são distribuídas mais de 80 fichas distribuídas todos os dias, pela manhã e pela tarde. 

O setor realiza mamografia biopsia para diagnóstico e tratamento, cirurgia reparadora, oncologia mamária, quimioterapia, radioterapia, enfermagem, psicologia de reabilitação e fisioterapia de reabilitação. Informações: 3217-8000.

Números - O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou 10.760 casos de câncer para Pernambuco no ano passado. Apenas no Hospital de Câncer de Pernambuco foram diagnosticados, em 2014, 5.918 novos casos. Neste ano, até o mês de agosto, já foram realizadas na Mastologia Oncológica do HCP cerca de 14.390 consultas, 870 cirurgias e mais de 8 mil mamografias. Este é um número que assusta e tende a crescer ainda mais, caso as mulheres com mais de 40 anos se esqueçam da importância dos exames periódicos. Por isso, começa nesta quinta-feira, em todo o mundo, a campanha internacional do Outubro Rosa, que alerta para a necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce como forma de combater este tipo de câncer.

A mamografia é a maneira mais segura de identificar nódulos muito pequenos, ainda imperceptíveis ao toque das mãos. Por isso, o Hospital de Câncer de Pernambuco faz o convite a todas as mulheres que integram a faixa de risco para realizar este exame, que é gratuito e quase indolor, segundo a mastologista Denise Sobral.

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama quando um conjunto de células passa a se dividir de forma desordenada. Relativamente raro antes dos 35 anos e raro também entre os homens, o câncer de mama pode se manifestar de várias formas. Os principais sinais de alerta são os nódulos, caroços, secreção nas mamas, enrugamento ou afundamento da pele e vermelhidão. É importante saber que as dores mamárias raramente estão associadas ao câncer, mas às alterações hormonais ou emocionais.

Diagnóstico Precoce

A mamografia nada mais é do que a radiografia das mamas, o que pode revelar possíveis alterações nesta parte do corpo. O procedimento é realizado através de uma compressão das mamas, de forma suportável, para detecção de nódulos e tumores. A mamografia faz parte de um conjunto de ações que auxilia no diagnóstico do câncer, sendo o principal e mais importante exame de diagnóstico.

Todas as mulheres acima dos 40 anos devem realizar este procedimento todos os anos, visto que o diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de garantir um tratamento com altas chances de cura. A mamografia pode ser realizada no HCP, de forma inteiramente gratuita, mesmo para as mulheres que não apresentam quadro de suspeita. Basta procurar o setor de Triagem do hospital, portando os documentos citados acima e levando exames anteriores, se possível. Os requisitos são: ter mais de 40 anos de idade e não ter realizado a última mamografia há menos d um ano.

Incidência

Este é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. Ele representa cerca de 30% dos casos de neoplasia em Pernambuco, e 20% em todo o país. Para 2015, são esperados mais de 2 mil novos casos no Estado, e mais de 57 mil novos casos no Brasil.

Fator de Risco

A idade continua sendo o principal fator de risco para o câncer de mama, além de hábitos de vida nocivos à saúde. Entre outros fatores de risco estão: histórico familiar de câncer de mama e ovário, alteração genética, menopausa após os 55 anos, obesidade após a menopausa, sedentarismo, exposição frequentes a radiações ionizantes (raios-x) e terapias hormonais.

Riscos

- Idade superior a 40 anos
- Aumento na densidade mamária
- Histórico de câncer de mama em parentes de 1º grau (mãe ou irmã)
- Histórico de câncer de ovário na família
- Descoberta de hiperplasia atípica em biópsia mamária
- Exposição à radiação ionizante para tratamento de doenças como Hodgkin e Linfoma

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer de mama pode acontecer de duas formas: através de um exame clínico (médico) ou por exame de imagens (mamografia, ultra-som ou ressonância). Uma vez que ocorre a suspeita, o médico mastologista realiza uma biópsia para comprovar. Esta biópsia pode ser feita através de uma pequena cirurgia ou até mesmo com agulhas. Neste procedimento são retirados pedaços do tumor e encaminhados para uma análise do médico patologista, responsável pelo diagnóstico.

Uma vez diagnosticado o câncer, serão necessários exames complementares para detectar a progressão da doença no corpo. Também será necessária a realização de exames de sangue, Raio-x de tórax, Ultra-som de abdome e cintilografia óssea, entre outros exames, a depender de cada caso e das suas especificidades. Importante: a ressonância e o ultra-som não substituem a mamografia, apenas auxiliam na descoberta da doença.

Tratamento

Os tratamentos para o câncer de mama são clínicos e cirúrgicos. Os cirúrgicos são conhecidos como mastectomia, que pode ser total ou parcial, a depender de cada paciente. A maioria dos cânceres de mama podem metastatizar para a axila, portanto, a avaliação da situação da axila da paciente é necessária. Com isso, obtém-se um tratamento oncologicamente eficaz e permite-se um efeito estético satisfatório para a paciente.

Já o tratamento clínico, por sua vez, envolve vários tipos de medicamentos chamados quimioterápicos e hormonioterápicos, cada qual com sua função e efeito colateral. Além disso, existe a radioterapia, que deve ser empregada na sequência do tratamento cirúrgico, conservador ou em casos específicos de câncer avançado.

Fisioterapia

Dentre as consequências da cirurgia podem estar linfedema (inchaço crônico), complicações na cicatriz, dores, limitação de movimento do ombro e trombose linfática superficial, que podem dificultar atividades mais comuns, como vestir uma roupa, pentear o cabelo ou tomar banho. Por isso, a fisioterapia é um suporte essencial para mulheres que retiraram tumores na mama. A fisioterapia contribui decisivamente para evitar complicações, acelerar a recuperação e melhorar a qualidade de vida das pacientes. Os profissionais atuam logo após a cirurgia e a abordagem dependerá de cada caso, geralmente os procedimentos seguem por alguns meses até a total recuperação da mobilidade da paciente.

Psicologia

A descoberta do câncer quase sempre é um choque para o paciente e para a família. Apenas o fato de ter um possível diagnóstico da doença já gera uma inquietação e uma grande ansiedade. Mas tudo isso precisa ser enfrentado da melhor forma, para ajudar na evolução do tratamento. Por isso o acompanhamento de um psicólogo é fundamental durante todo o tratamento, afinal, não resta dúvida de que cuidar da saúde mental é imprescindível em qualquer caso de câncer. Além disso, a retirada das mamas para muitas mulheres pode gerar uma frustação em relação a sua sexualidade e ao seu poder feminino. Com o suporte da Psicologia, questões emocionais poderão ser encaradas de maneira mais amena, ajudando na recuperação completa da paciente.

Plástica/SUS

É direito de qualquer paciente de mama que tenha realizado cirurgia para retirada parcial ou total da mama, a cirurgia de plástica reparadora. Por lei, tanto o plano de saúde como o Sistema Único de saúde (SUS) são obrigados a realizar a cirurgia. Quando há condições clínicas e técnicas, a reconstrução da mama deve ser realizada no mesmo momento da mastectomia (retirada da mama). As pacientes devem agendar a cirurgia no local do tratamento através do SUS. Se for o caso de não estar mais em tratamento, elas devem dirigir-se a uma Unidade Básica de Saúde e solicitar o encaminhamento para uma unidade especializada em cirurgia de reconstrução mamária.

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