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12/05/2012

Conheça sete doenças relacionadas com a fibromialgia



Com base em pesquisas internacionais, a incidência da fibromialgia é de 1 a 5% na população em geral. Nos serviços de Clínica Médica, essa freqüência é em torno de 5 % e nos pacientes hospitalizados, 7.5%. Na Clínica Reumatológica, por sua vez, essa síndrome é detectada entre 14% dos atendimentos. No Brasil, alguns trabalhos falam a favor de uma prevalência em torno de 10% da população e salientam a influência de fatores sócio-econômicos no aparecimento da doença. 

A fibromialgia é mais freqüente no sexo feminino, que corresponde a 80% dos casos. Em média, a idade do seu início varia entre 29 e 37 anos, sendo a idade de seu diagnóstico entre 34 e 57 anos. Os sintomas de dor, fadiga e distúrbios do sono tendem a instalar-se lentamente na vida adulta, no entanto, 25% dos casos referem apresentar estes sintomas desde a infância. 

"Além dos sintomas já mencionados, as pessoas acometidas pela fibromialgia também são mais propensas do que a população em geral a desenvolver outras condições dolorosas, que destacamos a seguir", afirma o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, que dirige o Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares. 

Enxaqueca 

Um número significativo de pessoas com fibromialgia também relata ter enxaquecas e/ou dores de cabeça tensionais. "Um distúrbio no cérebro afeta a produção de substâncias químicas – serotonina e noradrenalina – que desempenham um papel importante na causa das dores de cabeça e da fibromialgia. Os antidepressivos que atuam sobre essas substâncias químicas do cérebro podem aliviar a dor da enxaqueca e a fibromialgia", explica o médico. 

Doenças autoimunes 

Até um quarto das pessoas com doenças inflamatórias auto-imunes – incluindo artrite reumatoide (AR), lúpus, síndrome de Sjögren e espondilite anquilosante – também experimenta os sintomas da fibromialgia. "A natureza exata desta conexão ainda não é compreendida. A fibromialgia não é uma doença inflamatória, mas algumas pesquisas sugerem que a artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias podem, de alguma forma, aumentar o risco para a fibromialgia", explica o diretor do Iredo. 

Pernas inquietas 

Insônia e outros problemas do sono são comuns em pacientes com fibromialgia. A Síndrome das Pernas Inquietas – impulso irresistível de mover as pernas quando em repouso – pode ser até 11 vezes mais comum em pessoas com fibromialgia do que naquelas que não apresentam a doença. "O link entre as duas doenças ainda não é totalmente compreendido, mas muitos tratamentos de fibromialgia também atuam na melhora da Síndrome das Pernas Inquietas", informa Lanzotti.  
Síndrome do intestino irritável  
A Síndrome do Intestino Irritável é marcada por cólicas abdominais e crises de constipação e/ou diarreia. O número de pessoas afetadas por essa síndrome alcança 10-20% da população em países europeus ou nos Estados Unidos. Entre os que procuram atendimento médico, a maioria são mulheres, geralmente no final da adolescência ou antes dos 30 anos Entre 30 e 70% das pessoas com fibromialgia também apresentam a doença. "Assim como a fibromialgia, a Síndrome do Intestino Irritável é uma síndrome de dor. Em alguns casos, o uso de medicação antidepressiva é benéfico para ambas as condições", conta o reumatologista. 

Dor pélvica 

Pessoas com fibromialgia são mais propensas a relatar dor pélvica, irritabilidade na bexiga e cólicas menstruais. "Alguns dos medicamentos que aliviam os sintomas da fibromialgia também pode aliviar essas outras dores. Mais pesquisas são necessárias para entender como essas condições de dor estão relacionadas com a fibromialgia", informar o diretor do Iredo.  
Depressão e ansiedade  
Mais da metade das pessoas com fibromialgia também tem problemas mentais ou emocionais, como depressão e ansiedade, em algum momento de suas vidas. "É mais ou menos uma relação causal. O déficit de serotonina e norepinefrina está envolvido em ambos os transtornos de humor e dor. Muitos medicamentos usados ​​para tratar a fibromialgia também são antidepressivos", informa Lanzotti. 

Obesidade 

"A obesidade e a fibromialgia compartilham uma relação complicada, que não podemos ignorar. Muitas pessoas com fibromialgia levam vidas sedentárias, devido à sua dor crônica, e a falta de atividade física regular aumenta o seu risco de sobrepeso ou obesidade. Ao mesmo tempo, estar acima do peso ou obeso provoca mais estresse mecânico sobre as articulações, o que pode causar mais dor e agravar a fibromialgia", diz o médico.

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