Cuidar da saúde com amor e alegria!

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05/05/2012

O que se aprende com o infarto

Ele é um divisor de águas no dia a dia de milhares de brasileiros. Apuramos o que dá para tirar de lição de um ataque cardíaco e montamos um guia com o que é preciso fazer para evitar um novo susto

Afinal, o que é o infarto?

Essa palavra indica que um tecido do corpo morreu por falta de oxigênio e nutrientes. Quando isso acontece no músculo do coração, tem-se o infarto do miocárdio. Uma artéria deixa de irrigar um pedaço do órgão, que entra em sofrimento. Se a obstrução do vaso é parcial, o indivíduo tende a sentir dor no peito - a angina. Com o entupimento completo, é infarto na certa. A gravidade do quadro depende de quanto o músculo foi afetado. Daí a urgência de correr para o hospital diante de sintomas como desconforto no peito que irradia para o braço esquerdo, pescoço e costas, suor frio e desmaio. Mas até dores na boca do estômago e na mandíbula podem ser reflexo da ameaça.

Mais mulheres infartadas 
Cresce o número de ataques cardíacos entre elas, muitos deles fatais. Atenção: a ameaça é silenciosa na ala feminina. A Sociedade Brasileira de Cardiologia acaba de soltar o alerta: cada vez mais mulheres infartam. E, se o cenário continuar assim, a ocorrência nelas vai superar o número entre os homens. Basta ver as estatísticas para ter uma noção do drama. 

Há 50 anos, se pegássemos dez mortes por ataque cardíaco, apenas uma mulher aparecia no cômputo. Hoje a proporção mudou: são seis homens para quatro mulheres. "Elas infartam cerca de dez anos mais tarde que eles e são pegas de surpresa porque ainda acreditam no mito de que o problema é exclusivo do sexo masculino", conta o cardiologista Otávio Gebara, autor do livro Coração de Mulher, publicado por SAÚDE. 

Essa ascensão que assusta tantos corações femininos é fruto da crescente inserção da mulher no mercado de trabalho e na adoção de hábitos nada saudáveis, como exageros no álcool e na comida, além do cigarro. O pior é que até a situação caótica nos vasos difere entre os gêneros. "As placas de gordura dos homens sofrem mais rupturas, enquanto nas mulheres se nota uma erosão", compara Gebara. 

"É por esse motivo que o quadro de sintomas aparece mais disfarçado nelas", completa. Não é à toa que os sinais clássicos, como dor no peito, são raramente flagrados nas portadoras de cromossomos XX, fazendo com que procurem o hospital tardiamente. Entre elas, o mal se manifesta em geral com falta de ar,desmaio, sensação de arritmia e pressão nas costas. "Cerca de um mês antes do infarto, as mulheres geralmente se sentem mais cansadas e com menos fôlego", diz Gebara.
Bem melhor agora 
No ano passado, Carlos Roberto Lima, de 62 anos, sentiu uma dor no peito e correu para o pronto-socorro. O artista plástico de Boracéia, no litoral paulista, recebeu, então, o diagnóstico de infarto. "O médico já havia me pedido exames, mas fui adiando", lembra. O coração de Lima só ficou a salvo depois de um cateterismo, duas pontes de safena e outras intervenções. Agora, ele se alimenta direito e caminha todo dia. "O que aconteceu fez minha vida melhorar. Sei a dor que senti e não quero mais passar por isso", diz o artista.

Sem neurose 
Aos 46 anos e com um histórico familiar de problemas no coração - incluindo dois irmãos vitimados por parada cardíaca -, Eliana Bianchi infartou ao se deitar na cama. "Senti uma dor no ombro e no braço esquerdo tão forte que atrapalhava a respiração. Precisei pedir para minha filha de 11 anos chamar socorro", relata. Embora, uma década depois do ataque, siga tentando mudar seus hábitos, a agente de viagens confessa não se estressar tanto com o problema. "Faço dieta, sem ficar encanada. Não gosto mesmo é de exercício", diz.

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