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28/07/2012

Saiba como evitar as hepatites virais


Dia 28 de julho “ Dia Mundial de Combate à Hepatite”. 
O Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais (28 de julho) é uma importante data para falar de uma das doenças que mais matam em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 bilhões de pessoas tenham sido infectadas pelas hepatites virais e cerca de um milhão morrem em virtude da doença todos os anos. O infectologista do Lâmina Medicina Diagnóstica, Alberto Chebabo, alerta para os indícios da doença, dá dicas para reconhecer os sintomas da doença e fala sobre prevenção e tratamento, com a necessidade de acompanhamento médico.

A hepatite é a inflamação do fígado, causada por vários agentes como álcool, drogas e, mais comumente, por vírus. Dentre estes vírus, os mais comuns são os Vírus A, Vírus B e Vírus C, causadores da Hepatite A, Hepatite B e Hepatite C, respectivamente. “Cada um desses vírus tem uma forma de transmissão distinta, mas causam manifestações clínicas muito semelhantes e para o diagnóstico do agente etiológico devem ser realizados exames que irão detectar qual o vírus responsável por aquela infecção”, explica o especialista.

O vírus A é eliminado nas fezes das pessoas infectadas, contaminado as mãos, permitindo assim a disseminação pessoa-pessoa. Além disto, pode ser transmitido por meio da ingestão de água contaminada em locais onde o esgoto não é tratado. O Vírus B é transmitido pelo sangue de pessoas contaminadas. Assim, o uso de material médico contaminado com sangue infectado, como o compartilhamento de seringas, são formas de transmissão do vírus. “Também pode ocorrer transmissão pela transfusão de sangue contaminado, porém a realização obrigatória de exames no sangue doado e a triagem dos doadores através de entrevista tornam esta forma de transmissão menos comum, atualmente”, acrescenta Chebabo. A relação sexual sem preservativo com parceiro ou parceira infectado é uma das principais formas de disseminação da doença, uma vez que o vírus é encontrado nas secreções genitais, tanto do homem quanto da mulher. Além disto, a mãe infectada pode transmitir o vírus para o bebê durante a gestação e trabalho de parto.

O Vírus C tem transmissão semelhante ao Vírus B - uso materiais ou seringa contaminados com sangue de pessoas infectadas. Além disto, pacientes em tratamento de hemodiálise estão sob maior risco de adquirir o vírus C. Pessoas que receberam transfusão de sangue, principalmente na década de 80 e início da década de 90 estão sob risco de terem adquirido o Vírus C, uma vez que não se realizava o exame para detecção deste vírus no sangue doado. A transmissão sexual deste vírus é rara e pouco documentada. Como o vírus B, o vírus C também pode ser transmitido da mãe para o filho recém-nascido durante o trabalho de parto, mas estudos ainda estão sendo realizados para se definir como estas crianças serão afetadas pelo vírus durante suas vidas.

Sintomas -Os principais sintomas da hepatite viral são febre, cansaço, enjôo, perda de apetite, olhos e pele amarelados (sinais conhecidos como icterícia), urina escura e fezes acinzentadas. “Os pacientes com estes sintomas devem procurar atendimento médico para que sejam solicitados exames que irão confirmar o diagnóstico de Hepatite e o tipo de vírus que está causando a infecção”, alerta o médico. Em alguns casos, os sintomas podem ser leves ou não estarem presentes, fazendo com que o paciente não procure atendimento médico e o diagnóstico seja retardado ou não realizado.

“A Hepatite causada pelo vírus A não se torna crônica, mas pode evoluir com grande destruição do fígado, levando à falência hepática grave e até à morte. A Hepatite B evolui com cronificação em 2 a 6% das pessoas acima de 5 anos, em 30% das crianças entre 1 a 5 anos e em até 90% dos lactentes. Já a Hepatite C evolui com infecção crônica em 55 a 85% das pessoas infectadas. A Hepatite crônica quando não tratada adequadamente leva à cirrose e é a principal causa do câncer de fígado”, explica.

Nos casos agudos não existe tratamento específico, recomendando-se apenas repouso, abstinência alcoólica e acompanhamento dos exames laboratoriais.
Dicas de prevenção: .Para se prevenir da Hepatite A deve-se evitar tomar banho em locais onde há possibilidade da água estar contaminada com esgoto ou dejetos, principalmente onde nos locais onde não há boas condições sanitárias. Lavar sempre as mãos após utilizar o banheiro ou troca de fraldas evita a transmissão do vírus pessoa-pessoa. A desinfecção da água utilizada para ingestão ou preparo de alimentos deve ser tratada. Nos locais onde água de poço é utilizada, esta deverá ser fervida ou desinfetada com pastilhas de cloro. Alimentos crus devem ser lavados e desinfetados antes do consumo.

.Em relação à prevenção da Hepatite B e C, deve-se utilizar seringas e agulhas de uso único, descartando-as em local seguro após o uso. O compartilhamento de seringa e agulha, prática comum entre usuários de drogas injetáveis, nunca deve ser realizado. Além disto, itens de uso pessoal como lâminas de barbear e escovas de dente não devem ser divididos com outras pessoas. Pessoas que desejam realizar piercing e tatuagens devem procurar locais que sigam as normas recomendadas pelo Ministério da Saúde, como esterilização de todo material utilizado e uso de luvas estéreis durante todo o procedimento. Durante qualquer relação sexual, a utilização de preservativos é sempre recomendada como forma de proteção da transmissão de doenças sexualmente transmitidas, entre estas, a Hepatite B.

Vacinação: .A vacina contra a Hepatite A é segura, sem efeitos colaterais importantes, e apesar de não estar disponível nos postos de saúde pode ser realizada na rede privada em todas as pessoas que ainda não contraíram a doença e nas crianças a partir de 1 ano de idade.

.A vacina para Hepatite B é segura, sem qualquer risco de transmissão da doença pela vacina, uma vez que não possui o vírus, mas apenas uma pequena partícula deste. A vacina já foi aplicada em milhões de pessoas em todo o mundo desde seu lançamento em 1992, sem efeitos colaterais graves. Ela está disponível na rede pública para pacientes até 18 anos, profissionais de saúde, pacientes com AIDS e em tratamento com hemodiálise de qualquer idade. A vacina contra o vírus B reduz ainda o risco de cirrose e câncer do fígado, uma vez que grande parte destas doenças é causada pela cronificação da Hepatite B.

Não existe, atualmente, vacina disponível para Hepatite C.

Estude, previna-se e Cuide-se!


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