Cuidar da saúde com amor e alegria!

Cuidar da saúde com amor e alegria!

30/03/2011

Um Caso Real




Na minha vida profissional muito aprendi e tenho aprendido com colegas,clientes,técnicos etc.Até porque nós nos graduamos mas não sabemos tudo e todas as pessoas têm histórias de vida com as quais podemos aprender.

Pois bem,certa ocasião quando eu atuava numa emergência (atuei quase dez anos) havia uma paciente  internada,estado grave,torporosa,desorientada, pressão elevada, pouca urina ou diurese (oligúria),enfim, um caso que carecia de extremo cuidado tanto do médico quanto de nós enfermeiros.

Ela estava na ala de pacientes internados sob os cuidados da colega MV,eu ía de vez em quando dar uma espiadinha,ver a evolução,trocar ideias com a colega e voltava ao meu setor mais na frente, na emergência.

A médica plantonista havia solicitado avaliação com o psiquiatra por conta da sua desorientação,o mesmo passou pela paciente qual um relâmpago não a examinando sequer e apenas escreveu no prontuário: encaminhada à psiquiatria.

Enquanto desenrolavam estes acordos entre plantonista e psiquiatra,a colega MV conseguira obter a muito custo da paciente, através da anamnese,  uma revelação de que ela fazia hemodiálise e estava atrasada no procedimento. Mais que depressa a colega MV solicitou dosagem de uréia e creatinina cujos valores elevadíssimos confirmaram a revelação da paciente livrando-a de ir parar na psiquiatria e ali penar por muito tempo  ou até morrer.

De posse dos resultados a colega mostrou à plantonista que suspendeu imediatamente o encaminhamento,do seu colega,à psiquiatria,encaminhando-a com urgência à Clínica de Hemodiálise de onde a paciente retornou lúcida,dando continuidade ao seu tratamento,estando em boas condições de saúde até hoje.

Esta experiência confirma o que já falei algumas vezes:  o destino dos pacientes está nas nossas mãos,de nós enfermeiros.Para isto precisamos estudar e nos envolver efetivamente com o ser que está  sob os nossos cuidados.

Estudar e muito,porque se a colega MV não soubesse das complicações que decorrem da insuficiência renal ela não teria solicitado os exames e não teria chegado a uma solução tão rápida e eficiente. Claro que ela poderia falar com a plantonista a revelação da paciente e a médica,por certo,teria solicitado os exames.Mas o que eu estou querendo lhes mostrar é a diferença do atendimento de um médico e de um enfermeiro responsável.

Por que a médica não se deteve mais tempo perto da paciente tentando obter dados que lhe fornecessem uma pista para o seu diagnóstico? Se ela tivesse tentado por certo teria obtido da mesma maneira que a colega MV obteve,não é mesmo?!

Concluo reafirmando que a responsabilidade dos enfermeiros é imensa no que diz respeito ao diagnóstico,tratamento e plano de cuidados e que eles saibam imbuir-se desta responsabilidade que Deus lhe outorgou,estudando e se preparando sempre e cada vez mais para que o seu Amor de mãos dadas com a ciência triunfem sobre o descaso que temos visto em muitos hospitais.


bjs,soninha

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