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12/12/2014

Hipertensão afeta um em cada cinco brasileiros, diz IBGE


Um em cada cinco brasileiros é hipertenso. A prevalência do problema aumenta com a idade — a doença atinge 2,8% das pessoas de 18 a 29 anos e 55% dos idosos com mais de 75 anos. É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde em 80.000 domicílios de 1.600 municípios do Brasil, entre agosto de 2013 e fevereiro de 2014.
Os dados divulgados nesta quarta-feira mostram que 40% da população adulta apresenta ao menos uma doença crônica não transmissível, como hipertensão e diabetes. Essas condições, juntas, causam 72% das mortes no país e são mais prevalentes entre o sexo feminino: afetam 44,5% das mulheres, ante 33,4% dos homens.

Dos 80.000 domicílios visitados pelo IBGE, moradores de 62.986 aceitaram responder ao questionário. Na pesquisa, os entrevistadores mediram peso, altura, circunferência da cintura e pressão dos participantes. Também foram coletadas amostras de urina e sangue de 25% deles para que um laboratório fizesse a análise. Os dados divulgados nesta quarta-feira são baseados nos relatos dos entrevistados. Uma segunda fase trará os resultados dos exames de sangue, urina e aferição da pressão arterial dos brasileiros.


Saúde cardíaca — O estudo também aponta que 4,2% dos brasileiros têm alguma doença cardiovascular, sendo que 1,5% afirmou já ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Um dos fatores de risco para o problema, além da hipertensão, são os níveis elevados de colesterol, que afetam 12,5% dos adultos do país. A diferença da taxa entre mulheres e homens é significativa: 15%, ante 9,7%. Já o diabetes acomete 6,2% das pessoas com mais de 18 anos. Entre idosos acima dos 75 anos, a taxa da doença é próxima de 20%.

Ainda segundo o estudo, 1,8% da população adulta vive com o diagnóstico de um câncer, sendo os tipos mais prevalentes o de mama, pele, próstata e colo do útero. Essa prevalência é de 7,7% entre as pessoas maiores de 75 anos.


Dores — A pesquisa indicou que as dores crônicas na coluna afetam uma grande parte da população adulta do país: 18,5% apresentam o problema, especialmente dores na região lombar. A doença está ligada com o avanço da idade: atinge 26,6% das pessoas acima dos 60 anos e 8,7% das com idade entre 18 e 29 anos.


Já a depressão foi diagnosticada em 7,6% da população. A prevalência entre mulheres é mais do que o dobro do que entre homens (10,9%, ante 3,9%). No entanto, segundo a pesquisa, menos da metade (46,6%) dessas pessoas recebeu assistência médica no último ano. 
Regiões — Segundo a PNS, a população da região Sul foi aquela que apresentou maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (47,7%), seguida pela da região Sudeste (39,8%), Centro-Oeste (37,5%), Nordeste (36,6%) e Norte (32%).

Como evitar e tratar a hipertensão:


1- "Diminuir o consumo de sal é a medida que causa maior impacto na redução da pressão arterial", diz o cardiologista Luiz Bortolotto, presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia e diretor da unidade de hipertensão do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. A relação entre o sódio e aumento da pressão é simples de entender: como o sal retém água no organismo, ele eleva o volume de líquido que passa nos vasos — automaticamente subindo a pressão. A recomendação é ingerir no máximo 5 gramas de sal por dia — equivalente a 1 colher de chá rasa —, incluindo o dos alimentos que já têm sódio em sua composição.


2- Durante o exercício físico, principalmente os aeróbicos (como a corrida e caminhada), os músculos do corpo relaxam pela ação da endorfina, um neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar. "A camada média do vaso sanguíneo é muscular. Quando ela relaxa, a pressão dentro dela diminui", afirma o cardiologista Miguel Moretti, do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, em São Paulo. Ademais, o exercício condiciona o sistema cardiovascular.


3- O consumo exagerado de bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas, causa alterações metabólicas que podem resultar no aparecimento da aterosclerose, isto é, acúmulo de gordura na parede dos vasos. "Além disso, por ser altamente calórico, o álcool contribui para a obesidade e, consequentemente, para o sedentarismo. Esses dois fatores favorecem a hipertensão", diz Miguel Moretti. O limite de ingestão de álcool recomendado é de 30 gramas por dia para homens, equivalente a duas taças de vinho, e 15 gramas para mulheres.


4- A nicotina destrói a camada interna do vaso sanguíneo, chamada de endotélio vascular. "Substâncias presentes no cigarro provocam o estreitamento dos vasos, o que leva a um aumento da pressão do sangue dentro das artérias", diz Luiz Guilherme Velloso, cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.


5- O stress faz com que o corpo libere o cortisol, hormônio que estimula a contração do vaso e, consequentemente, o aumento da pressão sanguínea. Praticar atividade física e ter hábitos relaxantes pode ajudar a controlar o stress.


6- O sobrepeso e a obesidade pode ser decorrentes de outros fatores que favorecem a hipertensão, como sedentarismo, dieta rica em sal e alto consumo de bebida alcoólica. "Pessoas acima do peso têm alterações no sistema nervoso simpático e no endotélio, camada interna dos vasos. Esses fatores aumentam a pressão", diz Luiz Bortolotto.

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